segunda-feira, 16 de julho de 2012

Base Teórica da Pesquisa


DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES


Segundo Miranda (2007) a sociedade da informação é marcada pelo fluxo constante de informação que possibilitam a produção de novos conhecimentos, em virtude do grande volume informacional e da evolução tecnológica, podendo atuar nas várias áreas do conhecimento, contribuindo na tomada de decisão nos vários grupos sociais.
Assim, a informação tornou-se uma força poderosa de transformação do homem, que quando apreendida agrega valor e gera mais riqueza para os indivíduos e a sociedade. Para Barreto (2003) a informação quando assimilada adequadamente, gera novo conhecimento, alterando o estoque mental de informações do individuo e traz ganhos ao seu progresso e ao crescimento do seu grupo. Dessa forma, a capacidade de usar a informação e agregar valor ao produto  e serviço pode levar a inovação.


ONTOLOGIAS
As ontologias são usadas atualmente em qualquer área para organizar a informação. Existem diversas definições para ontologias, diversos tipos, propostas para aplicação em diferentes áreas do conhecimento e propostas para a construção de ontologias (metodologias, ferramentas e linguagens).  Na Ciência da Computação as ontologias são, em essência, teorias de conteúdo, o atual interesse em ontologias deve-se à observação de que uma vez que haja uma boa teoria de conteúdo, muitos mecanismo diferentes  podem ser usados para implementar sistemas, todos usando basicamente o mesmo conteúdo.
Dessa forma, o uso de ontologias permite o reuso e o compartilhamento de conhecimento, independentemente da implementação ou de procedimentos de inferência. O termo ontologia, segundo Chandrasekaran, Josephson e Benjamins (1998) em IA tem sido usado para significar: Um vocabulário de representação, tipicamente especializado para algum domínio ou assunto, ou ocasionalmente, um corpo de conhecimento descrevendo algum domínio, tipicamente, um domínio de conhecimento de senso comum.
As ontologias são, em essência, teorias de conteúdo.  O atual interesse em ontologias deve-se à observação de que uma vez que haja uma boa teoria de conteúdo, muitos mecanismos diferentes podem ser usados para implementar sistemas, todos usando basicamente o mesmo conteúdo. Entretanto, sem uma boa teoria de conteúdo, muitos dos procedimentos e mecanismos inferência poderiam fracassar. O conhecimento envolvido pelas teorias de conteúdo, pode ser classificado, de forma geral, sob dois aspectos de acordo com Chandrasekaran, Josephson e Benjamins (1998): Conhecimento de domínio, isto é, conhecimento sobre a realidade objetiva no domínio de interesse (objetos, relações, eventos, estados, etc., obtidos em algum domínio)  e conhecimento sobre a resolução de problemas.
A identificação de ontologias para resolução de problemas pode contribuir para o compartilhamento e o reuso de conhecimento de resolução de problemas tanto quanto as ontologias para conhecimento de domínio podem contribuir para o compartilhamento de conhecimento de domínio.
O emprego do termo ontologia para denominar uma estrutura de termos e as relações entre eles em um determinado domínio é mais comum na área da ciência da computação e, mais particularmente, na subárea da inteligência artificial. Na Ciência da Informação alguns autores como Jasper e Uschold (1999) consideram os tesauros como ontologias simples, uma vez que uma ontologia complexa, segundo esses autores, exige uma riqueza maior de relações do que as tradicionalmente apresentadas em um tesauro. 



ALMEIDA, M. B.; BAX, Marcello P. Uma visão geral sobre ontologias: pesquisa sobre definições, tipos, aplicações, métodos de avaliação e de construção. Ciência da Informação, Brasília, v. 32, n. 3, p. 7-20, set./dez. 2003.
BARRETO, A. A. A questão de materiais de informação. Disponível em: <http://www.alternex.com.br;~aldoibct/quest/quest.htm>. Acesso em: 20 jan. 2012.
BAUGHMAN, James C. Toward a structural approach to collection development. College & Research Libraries, v. 38, n. 3, p. 241-242, 1979.
CHANDRASEKARAN, B; JOSEPHSON, J.R.; BENJAMINS, V. R. Ontology of tasks and methods. 1998. Disponível em: <http://www.cse.ohio-state.edu/~chandra/Ontology-of-Tasks-Methods.PDF> Acesso em: 10 nov. 2011.
COHEN, P. R.; CHEYER, A.; WANG, M.; BAEG, S. C. "An Open Agent Architecture", In: PROCEEDINGS of AAAI Spring Symposium, California: AAAI Press,1994.
DAHLBERG, Ingetraut. Teoria do conceito. Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 101-107, jul./dez. 1978.
ELDEMAN, Hendrik. Selection methodology in academic libraries. Library Resources & Tecnical Services, v. 23, n. 1, p. 33-38, 1979.
GOTTSCHALG-DUQUE, C. ; LOBIN, H. Ontology extraction for index generation. In: ICCC INTERNATIONAL CONFERENCE ON ELECTRONIC PUBLISHING, 8, 2004. Brasilia, June 2004. Disponível em: < http://elpub.scix.net/data/works/att/111elpub2004.content.pdf> . Acesso em: 15 jan 2012.
GRUBER, T. R. A translation approach to portable ontologies. Knowledge Acquistion, v. 5, n. 2, p. 199-220, 1993a. Disponível em: <ksl-web.stanford.edu;dnowledge-sharing/papers/readme.html>. Acesso em: 8 mar 2010.
GRUBER, T. R. Formal ontology: toward principles for the design of ontologies use form knowledge sharing. In: INTERNATIONAL WORKSHOP ON FORMAL ONTOLOGY, Padova, Itália, March 1993b. Disponível em:  <http://itee.uq.edu.au/~infs3101/_Readings/OntoEng.pdf.>. Acesso em: 02 jan 2012.
GUARINO, N. Formal ontology in information systems. 1998. Disponível em: <http://citeseer.ist.psu.edu/guarino98formal.html>. Acesso em: 3 jan. 2012.
HAYES-ROTH, Barbara; MORIGNOT, Philippe. Why does an agent act?. In: AAAI Spring Symposium on Representing Mental States and Mechanisms, Stanford, 1995.
JASPER R., USCHOLD, M. A. Framework for understanding and classifying ontology applications. In: INTERNATIONAL JOINT CONFERENCE ON ARTIFICIAL INTELLIGENCE (IJCAI-99), July 31 - August 6, 1999, Stockholm, Sweden. Proceedings... Stockholm, Sweden, Jul./Aug.  1999.
MAES, P. Artificial life meets entertainment: life like autonomous agents. Communications of the ACM, v. 38, n. 11,  p.108-114, 1995.
MIRANDA, Ana Claudia. Desenvolvimento de coleções em bibliotecas universitárias. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 4, n. 2, p.01-19, jan./jun. 2007.
RUSSEL, Stuart J.; NORVIG, Peter.  Artificial intelligence: a modern Approach. NJ, Prentice Hall, 1995.
SILVA, Daniela Lucas et al. Princípios metodológicos para construção de ontologias: uma abordagem interdisciplinar. Disponível em: <http://dci2.ccsa.ufpb.br:8080/jspui/bitstream/123456789/492/1/GT%202%20Txt%2018-%20SILVA,%20Daniela%20Lucas%20da%20et%20al.pdf > Acesso em: 1 fev 2012.
SMITH, D. C.; CYPHER, A.; SPOHRER, J. KidSim: Programming Agents Without a Programming Language. Communications of the ACM, v.37, n.7,  p.55-67, 1994.
VERGUEIRO, W. de C. S. Desenvolvimento de coleções: uma nova visão para o planejamento de recursos informacionais. Ciência da Informação, Brasilia, v. 22, n. 1, p. 13-21, jan/abr. 1993.
WOOLDRIDGE, M.; JENNINGS, N. R.  Intelligent agents: theory and practice,1995.

Alterações do Projeto de Pesquisa


Etapas
Projeto de Pesquisa

Antigo
Novo
Título
Um Ambiente Multiagente Apoiado por Ontologias de para da Suporte a Seleção de Materiais Informacionais.

Uso de Ontologias para dar Suporte a Seleção de Materiais Informacionais.
Tema
ontologias
Biblioteca e ontologias
Problema
Como dar suporte ao processo de seleção de materiais informacionais a ser adquiridos por bibliotecas universitárias utilizando uma arquitetura multi-agente apoiada por ontologias de domínio baseada em perfis de professores, alunos, cursos, disciplinas e agentes de software?
Em que medida o uso de ontologias de domínio pode apoiar o processo de seleção de materiais informacionais a ser adquiridos por bibliotecas universitárias?

Objetivo
Propor a criação de uma arquitetura multi-agente apoiada por ontologias de domínio.

Analisar a viabilidade do uso de ontologias para dar suporte ao processo de seleção de materiais informacionais a ser adquiridos por biblioteca universitárias.
Metodologia
Para o estudo proposto será realizada uma pesquisa exploratória baseada em pesquisa bibliográfica e estudo de caso com pesquisa documental. Será realizada pesquisa bibliográfica em livros, teses, artigos científicos e dissertações para a consolidação da fundamentação teórica e apoio na coleta dos dados a pesquisa.
Para a criação de uma representação de conhecimento baseada em ontologia será desenvolvida as fases propostas por Silva et al. (2008):
Gerenciamento do projeto,
Pré-desenvolvimento,
Especificação de requisitos, Modelagem conceitual, Formalização, Manutenção, Integração,  Avaliação e
Documentação.
 A pesquisa a quanto a sua natureza  constitui-se de uma pesquisa aplicada, pois objetiva gerar conhecimento para aplicações que possam solucionar problemas. Pela perspectiva da abordagem do problema caracteriza-se como pesquisa qualitativa, pois estará pautada em interpretações e análise de conteúdos. Em relação aos objetivos classifica-se como uma pesquisa exploratória, pois será realizada uma  pesquisa bibliográfica para analisar qual  a visão das áreas da Ciência da Computação e Ciência da Informação.  Além disso, será necessário identificar as  metodologias e métodos existentes para a criação de ontologias de domínio, bem como as linguagens para desenvolvimento das mesmas.  Como método de coleta de dados será utilizada a entrevista e pesquisa documental.

Reflexão: Ciência, Ciência da Informação e Projeto de Pesquisa

                                                            

Existe uma crença generalizada que o conhecimento fornecido pela ciência diferencia-se por um grau de certeza alto, desfrutando assim de uma posição privilegiada com relação aos demais tipos de conhecimento, pode-se citar como exemplo o do homem comum. A ciência busca saber sobre determinado tema, fato ou fenômeno e procura descrevê-lo de alguma forma.  Segundo Galliano (1986, p. 26),  “ao analisar um fato, o conhecimento científico não apenas trata de explicá-lo, mas também busca descobrir suas relações com outros fatos e explicá-los.”
Tomanik (2011) discorre  que  a  ciência procura explicar como o objeto de estudo se relaciona com outros objetos ao seu redor e se esse fato pode influenciar o ambiente no qual está inserido, pois o objeto de estudo influencia e é influenciado pelo ambiente.  Dessa forma, a realidade é sempre mais complexa do que se pode perceber o que leva ao desenvolvimento de pesquisas.
Teorias,  métodos, técnicas e produtos, contam com aprovação geral quando considerados científicos. Observa-se que a autoridade da ciência é evocada amplamente. As indústrias, por exemplo frequentemente rotulam de “científicos” processos por meio dos quais fabricam seus produtos, bem como os testes aos quais os submetem.  Várias atividades de pesquisas se auto-qualificam “científicas”, buscando afirmar-se: ciências sociais, ciência política, ciência agrária, ciência da informação dentre outras.
Quando faz referência à ciência, Oliveira (2002, p. 47) afirma que: “Trata-se do estudo, com critérios metodológicos, das relações  existentes entre causa e efeito de um fenômeno qualquer no  qual o estudioso se propõe a demonstrar a verdade dos fatos e suas aplicações práticas.”  Dessa forma,  a autoridade da ciência é evocada amplamente.  Indústrias, por exemplo, frequentemente rotulam de “científicos” processos por meio dos quais fabricam seus produtos, bem como os testes aos quais os submetem.  Atividades várias de pesquisa nascentes se auto qualificam “científicas”, buscando afirmar-se: ciências sociais, ciência política, ciência agrária,  ciências da informação, etc.
Em relação a minha pesquisa refere-se ao campo das teorias da representação e da classificação, especificamente ontologias.  Na literatura da Ciência da Informação o termo ontologia começou a ser utilizado no final da década de 1990 (SOERGEL, 1997; SOERGEL, 1999; VICKERY, 1997).  No âmbito da área de Ciência da Informação o estudo de ontologias tem despertado o interesse principalmente de pesquisadores ligados à área de Organização do Conhecimento, segundo Sales, Campos e Gomes (2008, p. 64):
Um importante elemento das ontologias é a representação do conhecimento, que envolve análise semântica, em especial para a organização de sistemas de conhecimento que, nas ontologias, visam otimizar a recuperação, ou seja, prover o computador de mais inteligência. Trata-se de uma área de pesquisa estreitamente ligada à organização do conhecimento [...]

A organização do conhecimento pode ser definida como o modo geral pelo qual os conhecimentos se relacionam na prática de sua produção e de uso.  Os mecanismos de representação do conhecimento permitem que seja representada a formalização dos objetos. Na ciência da computação, eles servem para auxiliar a implementação de estruturas computáveis. Na ciência da informação, possibilitam a elaboração de linguagens documentárias verbais e notacionais, visando à recuperação da informação. Assim, uma das preocupações da ciência da informação é a padronização da terminologia utilizada para se encontrar e se classificar a informação.  É nesse contexto que se dá a importância do uso de ontologias para caracterizar e relacionar entidades em um domínio do conhecimento. 
No contexto da Biblioteca/Unidade de Informação também possui normas, regras e valores que vêm nortear as ações entre suas próprias subunidades e com as demais unidades da instituição a qual está associada. Assim, as regras relativas aos recursos humanos, preservação de patrimônio, desenvolvimento de coleção (Seleção e Aquisição dos materiais informacionais), entre outros, também devem estar difundidas no conjunto de indicadores ao qual chamamos política (VERGUEIRO, 1993). Nesse sentido, a Seleção e Aquisição dos materiais informacionais necessitam de uma política definida como um método de trabalho que permita a cooperação entre o grupo de pessoas que trabalham diretamente na formação do acervo da biblioteca e que estejam relacionadas com a política institucional.
Segundo Tomanik (2011) no momento em que adota determinado aspecto da realidade como seu objeto de estudo, cada ciência procura, paralelamente, desenvolver procedimentos capazes de lhe permitir conhecer o objeto a ser estudado, tais procedimentos são os métodos.
Na fase do projeto de pesquisa são apresentados os métodos de pesquisa a serem desenvolvidos.  A pesquisa a priori  quanto a sua natureza  constitui-se de uma pesquisa aplicada, pois objetiva gerar conhecimento para aplicações que possam solucionar problemas. Pela perspectiva da abordagem do problema caracteriza-se como pesquisa qualitativa, pois estará pautada em interpretações e análise de conteúdos. Em relação aos objetivos classifica-se como uma pesquisa exploratória, pois será realizada uma  pesquisa bibliográfica para analisar qual  a visão das áreas da Ciência da Computação e Ciência da Informação.  Além disso, será necessário identificar as  metodologias e métodos existentes para a criação de ontologias de domínio, bem como as linguagens para desenvolvimento das mesmas.  Como método de coleta de dados será utilizada a entrevista e pesquisa documental.

REFERÊNCIAS

SALES, L.F.; CAMPOS, M. L. A.; GOMES, H. E. Ontologia de domínio: um estudo dasrelações conceituais. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 13, n. 2, p.62-76, maio/ago. 2008. Disponível em:<http://www.eci.ufmg.br/pcionline/index.php/pci/article/viewFile/219>. Acesso em: 20 jun 2012.
GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986. 200 p.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisa, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 320 p.
TOMANIK, Eduardo Augusto. O olhar no espelho: conversas sobre a pesquisa em Ciências Sociais. 2.ed. rev. Maringá: Eduem, 2004.
VERGUEIRO, W. de C. S. Desenvolvimento de coleções: uma nova visão para o planejamento de recursos informacionais. Ciência da Informação, Brasilia, v. 22, n. 1, p. 13-21, jan/abr. 1993.




quinta-feira, 28 de junho de 2012

Significado de ontologias

                                                 Copiado de SonhosBr


O termo Ontologia tem origem na Filosofia, onde é o nome de um ramo da metafisica ocupado da existência. Em Ciência da Computação, Sistemas de Informação e Ciência da Informação, uma ontologia é um modelo de dados que representa um conjunto de conceitos dentro de um domínio e os relacionamentos destes. Uma ontologia é utilizada para realizar inferência sobre os objetos do domínio.

A proposta deste blog é apresentar o que tem sido desenvolvido a respeito de ontologias na visão da Ciência da Informação, Ciência da Computação, Sistemas de Informação e Arquitetura da Informação.